terça-feira, 20 de maio de 2008

Esqueceu. Não, não esqueceu, tentou sufocá-lo em beijos apaixonados...
Maurício surgiu como o príncipe que Maria imaginava. Prometeu-lhe amor eterno. E por isso ela acreditava que gostava dele.
Na verdade acho que ela gostava é de saber que ele estava ali. Ou gostava mesmo dele?
O fato é que acabou. E não poderia haver motivo mais banal.
Mas que banalidade é esta que destrói um amor eterno?
Não está mais me fazendo bem estar com você, é melhor terminarmos. – ela.
Também acho. E é melhor pararmos por aqui se quer que ainda reste amizade. – ele.
Uma semana depois, ele estava "se pegando" no granado da escola com uma ruiva pedante.
***
O Daniel surgiu assim como desapareceu, do nada.
Ele dizia que não queria compromisso, que já tinha se decepcionado muito e por isso nunca mais iria envolver-se com alguém.
Maria jurou que também não se envolveria, não dessa vez.
O Daniel sumiu, mas, alguns meses depois, a garota soube que ele estava namorando sério.
***
Muito tempo passou. Maria estava mudada, não era mais uma menininha, via o mundo com outros olhos.
Mas em sua bagagem estava toda esta história, um trauma, talvez. Mas não, ela não gostava de pensar assim.
Certa vez ouviu de sua tia que as mulheres da família estavam condenadas a uma maldição: ficar sozinhas. Fazia sentido. Avó e tias viúvas, mãe divorciada, primas solteironas.
Parecia que a garota trazia em si uma marca, como tatuagem.
É o que dizem: Azar no amor, sorte no jogo.
Não tardaria para que Maria enriquecesse.
Certamente, em breve, ganharia na loteria.

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