sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A construção primeira do eu


Do que eu sempre julguei que sabia e queria, restou algo que, inevitavelmente, seria o início de tudo que hoje penso que sei e que sou.
Quanto ao futuro, eu ainda temia estar errada...
Sorte é perceber que este "algo" é, indubitavelmente, o que me possibilita, hoje, dizer: eu nunca fui tão eu quanto sou agora, desde então.
Quanto ao futuro, ainda temo estar errada...



"O saber é um trabalho. Por ser um trabalho, é uma negação reflexionante, isto é, uma negação que, por sua própria força interna, transforma algo que lhe é externo, resistente e opaco. O saber é o trabalho para elevar à dimensão do conceito uma situação de não-saber, isto é, a experiência imediata cuja obscuridade pede o trabalho da clarificação. A obscuridade de uma experiência nada mais é senão seu caráter necessariamente indeterminado e o saber nada mais é senão o trabalho para determinar essa indeterminação, isto é, para torná-la inteligível. Só há saber quando a reflexão aceita o risco da indeterminação que a faz nascer, quando aceita o risco de não contar com garantias prévias e exteriores à própria experiência e à própria reflexão que a trabalha."

(Marilena Chauí, Cultura e Democracia)


6 comentários:

Ana disse...

Se permitir saber não é tarefa fácil. Porque querer saber é assumir que não se sabe. E assmuir que não sabe é afirmar que o tudo é pouco.
Tarefa dificil essa.

Anônimo disse...

oi queridaaa!! como está?
demorei, mas estou aqui. como sabe, eu não entendi esse parágrafo por completo, mas pelo pouco que pude entender, entendi que é complexo... rsrs!! o saber é complexo.
eu gostei dessa parte: (será que foi pq eu a entendi melhor?!)
"só há saber quando a reflexão aceita o risco da indeterminação que a faz nascer, quando aceita o risco de não contar com garantias prévias e exteriores à própria experiência e à própria reflexão que a trabalha."
é igual a nós. pense. às vezes precisamos tomar decisões e agir sem ter a garantia que dará certo. e é muito dificil de fazer isso... acho que foi por isso que gostei dessa parte... rsrs

beijos...

Anônimo disse...

ainda bem... :)

Ana disse...

Muito obrigada pela contribuição...já mudei o post!

Bjs

Dourado disse...

Peço desculpas pela ausência e fica a promessa demais comentários e possíveis novos posts no meu blog. Como já disse pra Helô, o tempo tem sido meu inimigo, mas isso não é desculpa, não é mesmo?

Ótimo texto, eu ainda procuro meu eu, puro... mas acho que é uma busca infinda, sou sempre bombardeado por interferências que modificam, fazendo com que nunca chegue em concordância comigo.

Naiade Pinheiro disse...

Nussa
PAAAK complexo esse parágrafo... oO'

eee... Marinhaa... que parada é essa de querer parar de escrever?
COI-TA-DA de vc se parar...
Pq não escreve bem não...EU <<<
Escrevo beeeeeeeeeem (Y) benziiiiiiinho... SIEMPRE QUE PUEDO!

Mariiiinha...amo vc AH PAK!

E nunca sinto saudades...
*-*


beeeeeeeeeeijos