sexta-feira, 2 de março de 2012

Sem rumo




Levantou-se, dirigindo-se à janela. Debruçou-se no batente, olhando para o nada.
O céu estava branco como naquelas manhãs em que tanto o sol, quanto a chuva se escondem.
Lembrou-se de um certo autor aclamado que escreveu sobre uma tal cegueira branca. Imaginou que ela devia ser parecida com isso. Sus-pirou...
Fechou a janela e caminhou de volta à cama. Sentou, chorou. Calçou os sapatos e, sem se importar por ainda estar usando pijamas, abriu a porta. Primeiro a do quarto, depois a da sala, depois o portão de casa.
E ganhou as ruas, estranhamente claras, caminhando com pressa.
A cada novo passo, mais valocidade impelia à caminhada, andando com vigor quase desesperado sem saber, no entanto, aonde queria chegar.

Um comentário:

Unknown disse...

👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻 é tão sensível e mostra tanta inquietação.